Mais de 170 marcas de tênis se unem contra protecionismo de Trump

No último ano, somente a Nike teve 26% dos tênis e roupas fabricados no país asiático

Adidas, Nike, Puma, Foot Locker e mais 170 marcas de sapatos/tênis e varejistas nos Estados Unidos se uniram para contestar a taxação de calçados importados da China anunciada pelo presidente americano – Donald Trump. Em um comunicado as representantes do setor calçadista afirmaram que a medida será muito ruim para as marcas e para os consumidores americanos.

Trump, no início de maio, decretou que os EUA iriam sobretaxar em US$ 200 bilhões produtos da China, aumentando a carga em até 25%. O governo americano ainda abriu processo para aplicar outros 25% para produtos, como roupas e brinquedos. Em retaliação, a China elevou barreiras de importação em 25%, somando US$ 60 bilhões. Guerra de gigantes que deve afetar – e muito- às marcas envolvidas.

“Qualquer ação tomada para aumentar as tarifas sobre calçados chineses terá um efeito imediato e duradouro sobre indivíduos e famílias americanas. Isso também ameaçará a viabilidade econômica de muitas empresas em nosso setor”, informou o grupo calçadista em comunicado postado no site da Associação de Distribuidores e Varejistas de Calçados dos EUA (FDRA, na sigla em inglês)..

Segundo a FDRA, as manobras protecionistas somariam US$ 7 bilhões em custos anuais aos consumidores. A China é um importante centro de produção para milhares de marcas dos EUA e Europa. Em 2017, 72% de todos os calçados importados aos EUA eram chineses. No último ano, somente a Nike teve 26% dos tênis e roupas fabricados na China.

“O calçado é uma indústria muito intensiva em capital, com anos de planejamento necessários para tomar decisões de fornecimento, e as empresas não podem simplesmente mudar de fábrica para se adaptar a essas mudanças”, disse o grupo.

Aguardamos os próximos capítulos dessa guerra de ego de gigantes!

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