O jovem atual é menos hedonista que outras gerações

Já sabíamos que o jovem atual faz menos sexo, é mais preocupado com questões estéticas e de saúde, prefere curtir o dia fora de casa e ficar recluso no período noturno, a típica geração Netflix. Além disso, um novo componente foi adicionado ao arcabouço de comportamento desse consumidor: já não é mais tão raro, em certos estudos que comandamos, ouvirmos que o vinagre passa a ser um substituto saudável ao álcool para uma vida mais “clean”.

Quem experimenta a novidade, afirma que a boca “enruga no começo mas depois fica uma delícia”. O Little Duck – The Picklery, um restaurante do leste de Londres, serve uma variedade de vinagres próprios com ingredientes como cenoura roxa e gengibre. As pessoas bebem em copos largos. Defensores desse hábito argumentam que ele promove a redução dos níveis de açúcar no sangue, auxiliando na digestão e fazendo com que você se sinta satisfeito. E, segundo alguns ainda afirmam, pode ser “delicioso, seja servido sobre gelo, adoçado com mel ou com frutas e açúcar”.

O jovem de hoje, ao redor do mundo, é menos hedonista em comparação com outras gerações. Principalmente na América do Norte e Europa, eles estão bebendo, fumando e se drogando cada vez menos. Há também uma contrarrevolução sexual que está sendo liderada pelo jovem, de alguns países, que estão perdendo o interesse pelo sexo.

No Japão, por exemplo, cerca de 40% das pessoas não casadas de 34 anos se declaram virgens (e geralmente continuam indefinidamente sem experimentar intercurso sexual). Ademais, há uma tendência crescente de rapazes japoneses que pagam mulheres, não para sexo, mas para contatos mais platônicos como deitar ao lado de uma garota e ficar olhando nos olhos dela. Os lugares que oferecem esse tipo de serviço são chamados “cuddle cafés”. Nos Estados Unidos, o sexo também está em declínio. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis detectou um aumento substancial no número de estudantes do colegial que afirmam nunca terem feito sexo.

O que podemos concluir, analisando todas essas mudanças no hábito e costumes, é que existe um sentimento crescente de que tanto o consumo de álcool, ou o sexo, não representam mais liberdade do jovem como no passado. Por isso, marcas de bebida alcoólica, eventos, restaurantes, moda e outras que utilizam dessa linguagem para se comunicar com o seu publico, precisam repensar. Eu indicaria começar agora.

Sobre Gabriel Rossi

Professor da ESPM, palestrante profissional em marketing, estrategista especializado na construção e no gerenciamento de marcas e reputação e diretor-fundador da Gabriel Rossi Consultoria, com passagens por instituições como Syracuse/Aberje, Madia Marketing School, University of London e Bell School. Especialista convidado para lecionar no curso de extensão da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP) e na pós-graduação de Marketing da USP. Referência de mercado, Gabriel é, atualmente, o profissional no País mais requisitado pela grande mídia (mainstream) para falar sobre marketing. É citado extensivamente, sendo colunista de portais de destaque, como Mundo de Marketing. Possui diversos artigos e estudos publicados no Estadão, em o Globo, Brasil Econômico, Correio Braziliense, JT, UOL, HSM e colabora com veículos como Band News TV, Folha de S. Paulo, Revista Nova, Veja, Portal G1, entre inúmeros outros. Rossi e sua equipe atuam tanto no campo político como no empresarial, trabalham com empresas internacionais, como Petrobras, The Marketing Store e Tetra Pak, além de serem candidatos ao Senado Federal. Rossi participou de momentos históricos importantes, como o comentarista especial da TV Estadão no primeiro e no segundo turno das eleições 2010 e comentarista oficial para a rádio Eldorado.

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