Rainbows não são suficientes

Dezenas de marcas introduziram coleções e promoções com temas LGBT

Rainbows não são suficientes! Em 1969, apesar de já existirem movimentações pelos direitos LGBT+, a Revolta de Stonewall se tornou o marco mais representativo das lutas pelos direitos LGBT+. Naquele ano, há cinco décadas, os frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova York, decidiram se rebelar contra a opressão policial que frequentemente assolava o público do lugar.

Naquela época, não ser heterossexual era crime nos EUA. Em Nova York, quem não vestisse pelo menos três peças de roupa “apropriadas ao seu gênero” poderia ser preso. E meias não contavam.

Por isso, muitas drag queens aboliram o uso de saltos altos para poder correr melhor da polícia quando necessário. Devido à “conduta indecente”, a State Liquor Authority (SLA) também proibia a venda de álcool para bares considerados gays.

Em 1970, dez mil pessoas se reuniram para comemorar um ano da revolta, dando início às modernas paradas LGBT+ que acontecem em vários lugares do planeta, com destaque para a de São Paulo, que é considerada a maior do mundo e, em 2019, reuniu três milhões de pessoas.

50 anos depois de Stonewall, parece que a moda decidiu apoiar de vez a causa – com um pouco de vem aqui pink money – mas nem tudo nesse mundo é só bom ou só ruim. Podemos dizer que mais um grande passo foi dado, mas ele precisa ir além dos arco-íris.

Moda LGBT+

Em 2019, seria mais fácil catalogar as marcas que não usavam as cores do arco-íris no Mês do Orgulho. Tome Ralph Lauren, por exemplo: a marca doou para causas LGBT-friendly por anos e ofereceu o pedaço ocasional de Merch Pride. Este ano, no entanto, deu tudo de si, lançando uma coleção de cápsulas neutras em termos de gênero, promovida por meio de uma campanha de marketing repleta de celebridades. 

Não é difícil entender por que as marcas de moda estão intensificando sua abordagem a cada mês de junho: os jovens consumidores apoiam os direitos LGBT, então há muitas vantagens em abraçar a causa . Ralph Lauren, Levi´s, Renner, Reserva, Redley, Eva, Nike, Converse e Under Armour estão entre as marcas que receberam cobertura positiva da mídia e muitos compartilhamentos e curtidas nas mídias sociais por seus esforços.

The Bottom Line: Os consumidores estão elevando o nível de ativismo corporativo à medida que se torna mais comum. Onde lançar uma camiseta com a bandeira do arco-íris pode ter sido vista como progressiva há uma década, os consumidores agora querem saber que a camisa foi feita em um país que apóia os direitos LGBT, que os funcionários queer são bem tratados e os lucros doados a um causa relevante.

Usar a causa apenas para ter uma estratégia queer, pode não ser mais suficiente para os próximos anos. É preciso verdade e engajamento real com a causa para se tornar uma marca respeitada e verdadeira.

Vale lembrar que pra você ficar por dentro de todas as tendências do mundo da moda e footwear? É fácil! Siga nosso editor Fábio Monnerat no Instagram.

Sair da versão mobile