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O gênero através dos olhos da Geração Z

The Future is Fluid: o doc que explora o gênero pelo olhar da Geração Z


A diretora britânica Jade Jackman, de apenas 24 anos, viajou o mundo para filmar 13 pessoas, entre 15 e 25 anos, que vivem no Rio de Janeiro, na Cidade do Cabo, Singapura, Mumbai, Londres, Canadá, Maryland e nos Emirados Árabes.  O grupo integra a Geração Z, que vem sendo definida por sua fluidez. Gabe, irmã de Matheusa, que foi brutalmente assassinada no ano passado (e cujo inquérito foi concluído no início deste ano), é a participante do Brasil.

O resultado de mais de um mês de filmagens ao redor do mundo é o curta metragem The Future is Fluid, que estreou recentemente no festival de Sundance e é parte do projeto Chime for Change, uma iniciativa da Gucci que atua como um veículo de mudança social.

O filme explora o conceito de fluidez e é um híbrido de documentário, videoclipe. O termo fluidez é discutido em temas como sexualidade e gênero, mas também aparece na forma como o curta foi feito, indo da casa de um dos entrevistados a um estúdio a um campo de rugby, de país em país, em inglês, italiano ou português.

Apesar de curto, o doc é muito importante em um mundo com cada vez mais conservador e intolerante.  Essas vozes representam o otimismo, a esperança e a coragem dessa geração. Fluidez é uma filosofia que inclui em vez de excluir e expande os limites do que significa ser humano, com uma mensagem de amor, respeito, tolerância e integridade. “A fluidez de gênero é a antítese do medo”, diz a diretora. “Também tivemos que responder com sensibilidade às realidades políticas que ocorreram no momento da filmagem, como por exemplo, a eleição de Bolsonaro no Brasil. Você tem que ser responsável por fotografar jovens, especialmente no clima atual do Brasil”, continua Jade.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que criou o conceito de liquidez para descrever como ele enxergava a sociedade e seu futuro, deu na época o conselho: para prosperar em um estado de mudança contínua, era preciso estar disposto a seguir o fluxo, ser adaptável e confortável em todos os lugares do mundo.

Mas atualmente estamos vivendo em meio ao crescimento do conservadorismo, da transfobia, homofobia e leis anti imigração. Que projetos como esse rodem o mundo aumentando a conscientização, a igualdade de gêneros e a tolerância.

Fonte: FFW

Fábio Monnerat

Consultor de marketing de moda e tendências, criador digital e um grande entusiasta da moda masculina.

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